ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

24/Fev/2023

Futuros do milho recuam após previsões do USDA

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quinta-feira (23/02) na Bolsa de Chicago, influenciados pelas primeiras estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra 2023/2024 no país. O vencimento maio recuou 15,00 cents (2,22%), e fechou a US$ 6,59 por bushel. Durante o Fórum Anual de Perspectivas Agrícolas, o USDA estimou a área de milho em 36,83 milhões de hectares, aumento de 2,7% ante a temporada 2022/2023. A produção nos Estados Unidos deve alcançar 383,18 milhões de toneladas na temporada 2023/2024, aumento de 9,83%.

Se confirmada, será a segunda maior produção já registrada no país. A produtividade deve aumentar 4,73%. Os estoques finais foram estimados em 47,93 milhões toneladas, aumento de 8% ante o ciclo anterior. Isso resulta em uma relação estoque/uso de 13%, que seria a maior desde 2019/2020. O preço médio do milho no ciclo deve ser de US$ 5,60 por bushel, recuo de 16,42% ante os US$ 6,70 por bushel de 2022/2023. Restrições impostas pelo México às exportações norte-americanas de milho transgênico teriam um forte impacto nas vendas do país. Mas, a StoneX avaliou que os desenvolvimentos do Fórum do USDA tiveram impacto limitado sobre os futuros do milho.

Os principais impulsionadores serão o clima sul-americano, as exportações e o dólar. As perdas foram limitadas pelo fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Chuvas em áreas centrais do Brasil, que estão atrasando a colheita da soja e o plantio do milho 2ª safra de 2023, também impedem uma queda mais acentuada. De acordo com a meteorologia, caso o plantio continue atrasado no fim deste mês, o milho 2ª safra de 2023 ficará mais exposto à temporada seca que começa em dois meses.