06/Mar/2023

Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (03/03) na Bolsa de Chicago. O mercado foi impulsionado em parte pelo fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento maio do cereal avançou 6,00 cents (0,95%), e fechou a US$ 6,39 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 1,46%. Preocupações com a safra da Argentina também deram suporte aos preços.

Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a parcela da safra em condição boa ou excelente diminuiu de 9% para 6% na última semana. A parcela em condição normal passou de 40% para 38%. O percentual em condição regular ou ruim aumentou de 51% para 56%. A colheita de milho precoce avança no centro da área agrícola, mas os rendimentos continuam abaixo das expectativas iniciais. O mercado também passou por correção após ter recuado em seis dos sete pregões anteriores e acumulado perda de 6,80% no período.

Com a queda ocorrida na última semana nos contratos futuros, traders estarão dispostos a comprar no início do mês, antecipando-se a novas revisões das safras sul-americanas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O USDA publica na quarta-feira (08/03) seu relatório mensal de oferta e demanda, e investidores preveem novo corte na estimativa para a Argentina.

A fraca demanda pelo grão norte-americano impediu uma alta mais acentuada das cotações. O USDA informou que exportadores venderam 598,1 mil toneladas de milho da safra 2022/2023 na semana encerrada em 23 de fevereiro. O volume representa queda de 27% ante a semana anterior e de 48% em relação à média das quatro semanas anteriores. No entanto, os preços baixos do cereal após as quedas recentes devem acabar atraindo a demanda externa.