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29/Mar/2023

Preços do milho não estimulam a comercialização

Em Goiás, os produtores têm vendido regularmente lotes pequenos do cereal, tanto do disponível quanto da 2ª safra de 2023. A preocupação não é abrir espaço em armazéns para a soja ou o milho futuro, mas levantar caixa complementarmente ao que vem sendo obtido com negócios pontuais envolvendo a soja disponível. Como os preços da oleaginosa caíram expressivamente na última semana, os produtores têm restringido a negociação do grão, na expectativa de uma recuperação.

Em Goiás, na região de Rio Verde, os compradores indicam R$ 71,00 por saca de 60 Kg FOB, para pagamento antecipado e carregamento imediato. Na região de Catalão, há registro de negócios pontuais a R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, nos mesmos prazos. Como os preços da soja estão baixos, os produtores estão vendendo o milho para fazer algum caixa. A negociação antecipada da 2ª safra de 2023 também acontece de forma lenta. Os compradores indicam R$ 63,00 por saca de 60 Kg FOB Rio Verde, para retirada e pagamento em agosto.

No Rio Grande do Sul, as vendas seguem praticamente paradas em razão da oferta escassa, decorrente da quebra de safra no Estado, e pelo desacordo sobre preços entre produtores e compradores. Na região de Passo Fundo, o mercado spot do milho segue travado em função, principalmente, da quebra de safra do grão no Estado e, consequentemente, do baixo nível de oferta. Os compradores indicam entre R$ 83,00 e R$ 86,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 35 dias, mas os produtores indicam valores mais altos (no mínimo R$ 90,00 por saca de 60 Kg em iguais termos). Com o mercado travado, os preços têm se mantido estáveis nos últimos dias. Diante desta crise no mercado spot da região, os agentes não querem negociar milho futuro, da safra de verão (1ª safra 2023/2024).