18/Mai/2023
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo tem de estar alerta quanto à eventual necessidade de política pública de apoio à comercialização de grãos com o recuo expressivo dos preços. Há momentos de dificuldade pela frente. Os preços internacionais estão achatados e isso requer atenção. A ideia é fortalecer o aumento das exportações, que completa a renda dos produtores e leva oportunidade, ampliando mercados, fortalecendo e ampliando cadeia do etanol à base de milho e, caso necessário, também a política de apoio à comercialização com apoio do programa de garantia de Preço Mínimo. O Programa de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) precisa funcionar. Ele já funcionou em outros momentos apoiando em momento de dificuldade de preços e não será diferente agora, afirmou o ministro. Fávaro citou que, em alguns Estados, os valores pagos pelo milho já estão abaixo do custo de produção do cereal e pediu união do setor produtivo e Executivo.
A palavra é otimismo, apesar do cenário um pouco duvidoso por conta dos preços internacionais e das crises sanitárias, mas, o trabalho conjunto, com o objetivo de fortalecer a cadeia do milho, garantir mais mercados, garantir sanidade e estar alerta, se necessário, à política pública de apoio à comercialização. Certamente, o setor vai superar esta crise e continuará crescendo e fazendo deste produto a grande vocação brasileira, afirmou Fávaro. O ministro defendeu a importância das aberturas de mercado em meio ao arrefecimento dos preços internacionais dos grãos, citando a queda das cotações do milho. Há uma conjuntura muito boa para isso: momento internacional favorável, ambiente das relações exteriores muito favorável e inflação dos alimentos mundo afora. O Brasil tem potencial de suprir essa demanda de alimentos para ajudar a conter a inflação internacional.
Quanto à questão sanitária, se para o Brasil é um risco, para os concorrentes também é; com a diferença que o País tem um robusto sistema de defesa sanitária que está dando resultados. Fávaro lembrou que, mesmo com os casos registrados de Influenza Aviária de alta patogenicidade (IAAP) em aves marinhas silvestres, o Brasil segue com o status livre de gripe aviária. É uma oportunidade que precisa ser aproveitada. Hoje, O Brasil exporta 35% do consumo de carne de frango do mundo. Números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram que o Brasil pode aumentar essa exportação em 6% em 2023. É uma oportunidade para a cadeia do milho. O ministro citou entre as dificuldades a serem enfrentadas pelo setor as crises sanitárias, como a gripe aviária. Garantir a segurança dos aviários passa a ser um compromisso de todos, para que o setor de proteína animal, principal comprador de milho, continue ativo consumindo, ajudando na estabilidade do milho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.