16/Jun/2023

Segundo relatório mensal da Strategie Grains, as preocupações com o clima seco na Espanha e no norte da Europa estão frustrando as expectativas de produção de grãos na União Europeia (UE) este ano, depois que a safra de milho do ano passado foi devastada pela seca na França. Houve redução na estimativa para os estoques de trigo, para 13,3 milhões de toneladas, ante 15 milhões de toneladas. Para o milho, a projeção foi reduzida em 600 mil toneladas, para 6,7 milhões de toneladas, enquanto a perspectiva da cevada é de 5,1 milhões de toneladas, redução de 10% ante a projetada em maio. Apesar dos problemas climáticos, a produção de trigo na Europa deve aumentar em relação ao ano passado, para 128,7 milhões de toneladas, ante 125,1 milhões de toneladas em 2022/2023.

Ainda assim, a previsão representa uma queda de cerca de 1 milhão de toneladas em relação à estimativa do relatório de maio. O plantio de milho até agora tem sido errático no sul da Europa por causa das chuvas e inundações na Itália, enquanto condições muito secas interromperam os esforços na Espanha, Polônia e norte da França. Os potenciais de rendimento já foram prejudicados nos países escandinavos e bálticos. No ano passado, a produção do cereal registrou uma queda significativa em virtude da onda de calor em todo o continente, com a produção caindo para uma mínima de vários anos, especialmente na França.

Enquanto isso, em termos de consumo, espera-se que os usos de rações para animais permaneçam limitados, especialmente para aves e suínos. No entanto, as pessoas consumirão mais à medida que as taxas de inflação começarem a cair e as economias locais começarem a se recuperar. O uso doméstico de trigo, por exemplo, está previsto em 102,8 milhões de toneladas, ante 100,3 milhões de toneladas no ano passado. Os grãos ucranianos estão sendo reexportados dos cinco países fronteiriços, depois que a União Europeia estendeu a proibição de exportação do país para Polônia, Hungria, Eslováquia, Romênia e Bulgária. Para os países ocidentais do bloco, os grãos da Ucrânia passam pelo corredor de exportação do Mar Negro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.