10/Oct/2023
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta segunda-feira (09/10) na Bolsa de Chicago, refletindo o avanço da colheita nos Estados Unidos. Segundo a Marex, os trabalhos devem estar cerca de 35% concluídos até agora, em linha com o ritmo normal para esta época do ano. O vencimento dezembro do grão recuou 3,75 cents (0,76%), e fechou a US$ 4,88 por bushel. A ampla oferta brasileira, que vem prejudicando a demanda pelo grão dos Estados Unidos, também pesou sobre os contratos. De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá embarcar entre 8,5 milhões e 9,313 milhões de toneladas de milho em outubro.
Fontes da representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim afirmaram que a China deverá importar cerca de 5 milhões de toneladas de milho brasileiro em 2023/2024. Segundo a AgRural, o plantio de milho safra de verão (1ª safra 2023/20224) alcançou 37% no Centro-Sul do Brasil até o dia 5 de outubro, apesar da pressão de chuva e a praga da cigarrinha, ante 32% na semana anterior e 39% um ano atrás.
Além do excesso de chuva, a maior pressão da cigarrinha também preocupa os produtores nos três Estados da Região Sul, onde o plantio caminha para a reta final. Em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, que têm calendário mais tardio, a semeadura começou nas primeiras áreas que já têm umidade suficiente. As perdas foram limitadas pela alta expressiva do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. A guerra não afeta os mercados de grãos diretamente, mas pode ter um efeito profundo sobre os preços de petróleo, e como os grãos têm um componente de energia, tendem a ser afetados.