13/Nov/2023
Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (10/11) na Bolsa de Chicago, refletindo o interesse de compra limitado após o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O milho para dezembro atingiu nova mínima no dia 9 de novembro e fechou perto dessa mínima, então não há muito interesse de compra. Os fundos estão vendidos e parecem satisfeitos em continuar assim por enquanto. O vencimento dezembro do grão recuou 4,00 cents (0,85%), e fechou a US$ 4,64 por bushel. Na semana passada, acumulou desvalorização de 2,78%.
Em seu relatório no dia 9 de novembro, o USDA elevou a estimativa de produção doméstica para 386,97 milhões de toneladas, em comparação a 382,65 milhões de toneladas em outubro. Os estoques de milho nos Estados Unidos ao fim de 2023/2024 foram estimados em 54,75 milhões de toneladas, em comparação a 53,62 milhões de toneladas no mês passado. A estimativa de estoques mundiais foi aumentada de 312,4 milhões para 314,99 milhões de toneladas.
Uma melhor perspectiva para a safra da Argentina, após as chuvas das últimas semanas, também pesou sobre as cotações. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que parcela da safra de milho do país em condição boa ou excelente aumentou de 20% para 24% na última semana. A parcela em condição normal passou de 67% para 66%. A parcela em condição regular/ruim diminuiu de 13% para 10%. Preocupações com a 2ª safra de milho 2024 do Brasil, devido a atrasos no plantio de soja, impediram uma queda mais acentuada dos preços.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu sua estimativa para a produção total do País em 2023/2024 de 119,4 milhões de toneladas para 119,07 milhões de toneladas. Segundo o Bank of America, caso a previsão da Conab se confirme, a relação global estoque/uso deverá cair 0,8%. As perdas também foram limitadas pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.