24/Nov/2023
A comercialização de milho no mercado spot é pontual. Há interesse tanto de compra quanto de venda, mas os dois lados não chegam a um acordo sobre o valor. Na comercialização futura, a precaução ainda predomina. Vendedores e compradores observam a situação e adiam os negócios. O receio é quanto ao volume a ser colhido na safra de verão (1ª safra 2023/2024) na Região Sul, onde o excesso de chuva prejudica o desenvolvimento das lavouras plantas. Também há dúvidas sobre a 2ª safra de 2024 na Região Centro-Oeste, onde a estiagem atrasa os trabalhos na soja, reduzindo a janela de plantio do milho.
Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os compradores indicam no spot R$ 38,50 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em dezembro e pagamento em janeiro, mas os produtores indicam R$ 40,00 por saca de 60 Kg. O mercado está parado. Para a 2ª safra de 2024, os compradores indicam entre R$ 38,00 e R$ 38,50 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto do ano que vem, mas não há interesse de venda.
No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, os compradores indicam entre R$ 68,00 e R$ 69,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em 30 dias, mas os vendedores indicam entre R$ 70,00 e R$ 72,00 por saca de 60 Kg FOB. O mercado está parado. Começou a procura por milho, tanto da indústria quanto da granja, mas os compradores precisam elevar as indicações para conseguir comprar. A falta de acordo sobre valores trava os negócios.
A preocupação com o clima faz os produtores segurarem a comercialização. Na Região Centro-Oeste há localidades em que o cereal não será plantado ou será plantado fora da janela, enquanto na Região Sul do País, por causa do excesso de chuvas, há áreas de safra de verão (1ª safra 2023/2024) já perdidas. No Rio Grande do Sul, não há interesse de venda antecipada da safra 2023/2024, assim como compradores evitam sinalizar preços, devido aos efeitos do clima.