06/Dec/2023
Os futuros de milho fecharam em alta na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (05/12), sustentados pelas incertezas em relação à safra brasileira 2023/2024. Durante o pregão, os contratos de milho trabalham perto da estabilidade, mas com viés de alta. Empresas privadas relataram forte atraso na compra de insumos para 2ª safra de 2024 por parte produtores brasileiros. Isso reforça a chance de um corte significativo nas intenções de plantio de milho, em resposta ao atraso no plantio de soja no Brasil. O vencimento março do grão avançou 5,00 cents (1,03%), e fechou a US$ 4,90 por bushel.
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola (Imea) reduziu sua estimativa para a produção de milho 2ª safra de 2024 no Estado. Mato Grosso deve colher 43,75 milhões de toneladas de milho 2ª safra 2024, recuo de 2,5% ante estimativa de novembro e de 16,67% em relação ao ciclo 2022/2023. A área plantada também sofreu recuo nas duas bases comparativas. Em relação à projeção de novembro, houve queda de 2,5% e, quanto à safra passada, o recuo foi de 6,27%.
O Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral/Seab) aponta que o cultivo de milho safra de verão (1ª safra 2023/2024) foi concluído nesta semana ante 99% na semana passada. Além disso, os negociadores de grãos estão direcionando sua atenção para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta-feira (08/12). Embora não se espere que os dados alterem fundamentalmente o cenário de oferta e demanda, o relatório pode registrar pequenas melhorias.
O mercado estará procurando por quaisquer aumentos na demanda por milho para etanol e, potencialmente, por um aumento na demanda de exportação de trigo graças à grande compra da China no dia 4 de dezembro. Analistas preveem que o USDA trará apenas pequenas mudanças nos estoques de grãos no relatório mensal de oferta e demanda de dezembro. No cenário mundial, as ofertas internacionais também são esperadas um pouco menores em 2023/2024, com expectativa de queda nos estoques de milho e soja, enquanto as previsões de estoque de trigo devem aumentar nominalmente.