21/Dec/2023
A negociação de milho no mercado à vista perde força à medida que se aproximam as festas natalinas. Tanto vendedores quanto compradores adiam a comercialização. Em regiões de milho de verão do Paraná há alguma da demanda da indústria local, mas os produtores seguram o cereal disponível nos silos, na expectativa de preços mais altos na virada do ano se o atraso no plantio de soja afetar de fato a semeadura da segunda safra de milho. No Paraná, na região dos Campos Gerais, as indicações no spot se mantêm em R$ 65 por saca FOB, com embarque imediato e pagamento em dezembro ou em janeiro.
As negociações de milho da safra 2023/2024 também estão estagnadas. As propostas seguem em R$ 65 por saca CIF na fábrica e R$ 62 por saca FOB - em ambos os casos com retirada em fevereiro e pagamento em março. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores no spot indicam R$ 53 por saca FOB, com retirada até 15 de janeiro e pagamento em 30 dias. Com a proximidade das festas de fim de ano, os armazéns estão fechados e não é realizado nenhum negócio. O mesmo ocorre na comercialização da safra 2023/2024. Os compradores indicam R$ 52 por saca, com entrega e julho e pagamento em agosto, e vendedores sequer fizeram ofertas.
Em relação às exportações, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima que o Brasil deverá exportar entre 6,8 milhões de toneladas e 7,5 milhões de toneladas de milho em dezembro. O País exportou 6,97 milhões de toneladas no mês passado e 7,29 milhões de toneladas em dezembro do ano passado. Na semana de 10 a 16 de dezembro, foram exportadas 1,7 milhão de toneladas de milho. Para o ano, a previsão é de que o volume totalize o recorde de 55,9 milhões de toneladas a até 56,6 milhões de toneladas de milho.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.