17/Jan/2024
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta terça-feira (16/01) na Bolsa de Chicago, ainda refletindo as estimativas de produção e estoque norte-americano publicadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na sexta-feira (12/01). É difícil encontrar nos relatórios algo que dê suporte aos preços, com revisões do USDA que foram majoritariamente negativas. O vencimento março do grão recuou 3,50 cents (0,78%), e fechou a US$ 4,43 por bushel.
As estimativas do USDA para produção e estoques nos Estados Unidos vieram acima das expectativas de analistas. Para a safra brasileira, o USDA reduziu sua projeção de 129 milhões de toneladas para 127 milhões de toneladas. O número, porém, ficou acima da estimativa mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para a Argentina, a previsão foi mantida em 55 milhões de toneladas. Os preços atuais do milho já estão bastante baixos e podem atrair demanda, o que deve limitar o potencial de queda.
Segundo o USDA, exportadores dos Estados Unidos relataram venda de 126,7 mil toneladas de milho do ano comercial 2023/2-24 para o México. O mercado também foi pressionado pelo avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deve embarcar 3,94 milhões de toneladas de milho em janeiro. O desempenho também foi influenciado pela queda de mais de 2% do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal.