24/Jan/2024
A negociação de milho continua lenta no Brasil. A diferença entre os valores indicados por compradores e vendedores segue inibindo os negócios. No Rio Grande do Sul, a expectativa da indústria local é de que as cotações do cereal cedam em um futuro próximo, com a entrada da nova safra. No entanto, os produtores resistem a aceitar os valores oferecidos. O cenário que se desenha no curto prazo é de preços sustentados. Na região de Passo Fundo, as negociações de milho no mercado spot estão paradas. As indústrias do mercado de ração e proteína animal indicam entre R$ 62,00 e 63,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em 30 dias, mas os produtores indicam R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB e entre R$ 66,00 e R$ 67,00 por saca de 60 Kg CIF. Vendedores e compradores não cedem. Assim, o mercado fica travado. Como o Estado ainda tem milho da temporada passada para vender e novos grãos vão sendo oferecidos à medida que a colheita avança, a comercialização das duas safras já se mistura.
Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, há registro de negócios a R$ 37,00 por saca de 60 Kg FOB, para entrega em janeiro e pagamento em abril. Milho disponível da safra 2022/2023 tem indicações de R$ 35,00 por saca de 60 Kg FOB e de R$ 38,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em janeiro e pagamento em fevereiro, destinado à exportação. Para entrega na indústria de etanol, os compradores indicam R$ 40,00 por saca de 60 Kg CIF. Os produtores estão pouco dispostos a fazer acordos abaixo de R$ 40,00 por saca de 60 Kg, pois acredita que, com a perda da janela de plantio e a diminuição da área, os preços vão subir. Para o milho da 2ª safra de 2024, a indicação de compra é de R$ 38,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em agosto e pagamento em setembro. Os produtores indicam, no mínimo, R$ 40,00 por saca de 60 Kg.