06/Feb/2024
Os futuros de milho fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira (05/02) na Bolsa de Chicago. O vencimento março do cereal terminou sem variação, e fechou a US$ 4,42 por bushel. O mercado foi influenciado em parte pela oferta volumosa dos Estados Unidos, combinada com a fraca demanda pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que 624.295 toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos do país na semana até 1º de fevereiro, queda de 32,6% ante a semana anterior.
Além disso, exportadores relataram venda de 155 mil toneladas de milho do ano comercial 2023/2024 para o México. O avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas do Brasil, também pesou sobre os contratos. As boas perspectivas para a safra da Argentina e o avanço do plantio da segunda safra no Brasil foram outros fatores baixistas. O escritório do USDA em Buenos Aires aumentou a estimativa para a produção argentina de 53 milhões de toneladas para 57 milhões de toneladas. A previsão de exportações foi aumentada para 41 milhões de toneladas, ante 38 milhões de toneladas projetadas em outubro.
No Brasil, o plantio da 2ª safra de 2024 alcançou 27% da área estimada para o Centro-Sul, ante 11% na semana anterior e no período equivalente de 2023, segundo a AgRural. Puxado por Mato Grosso, Paraná e São Paulo, o ritmo é o mais acelerado da série histórica da AgRural, iniciada em 2013. Apesar desses fatores, os vendedores se mostraram mais cautelosos após dados terem mostrado que fundos ainda mantêm uma posição vendida significativa em milho na Bolsa de Chicago. De acordo com levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), a posição líquida vendida desses agentes aumentou de 275.467 para 279.548 lotes na semana até 30 de janeiro.