07/Feb/2024
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta terça-feira (06/02) na Bolsa de Chicago, refletindo a oferta abundante dos Estados Unidos e a fraca demanda pelo grão norte-americano. A expectativa de clima mais favorável na Argentina e o avanço do plantio da segunda safra no Brasil também pesaram sobre os contratos. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a semeadura atingia 19,8% da área total prevista até o dia 3 de fevereiro. Na comparação com igual período da temporada anterior, os trabalhos estão 9,1% adiantados. Mato Grosso (30,2%) e Paraná (22%) lideram o plantio das lavouras de inverno do cereal.
O vencimento março do grão recuou 4,00 cents (0,90%), e fechou a US$ 4,38 por bushel. A Consus Ag Consulting observou que o rápido progresso da colheita de soja e as chuvas recentes em regiões de cultivo do Brasil deixam mais tempo para o plantio e o desenvolvimento da 2ª safra de milho de 2024. A produção brasileira ainda pode ficar abaixo das projeções iniciais, mas deve superar as estimativas mais recentes. A colheita de milho safra de verão (1ª safra 2023/2024) no Brasil alcançou 13,84% da área plantada, avanço de 4,7% entre as temporadas, informou a Conab.
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo começaram a retirada do cereal do campo, com, respectivamente, 40%, 20%, 19% e 10% da área colhida. Quanto ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quinta-feira (08/02), a expectativa de analistas é de que a safra total do Brasil seja reduzida de 127 milhões de toneladas para 124,3 milhões de toneladas. A produção argentina deve ser aumentada de 55 milhões de toneladas para 55,7 milhões de toneladas.