28/Feb/2024

Os futuros de milho fecharam em alta nesta terça-feira (27/02) na Bolsa de Chicago, novamente impulsionados por um movimento de cobertura de posições vendidas. De acordo com dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), fundos de investimento detinham uma posição líquida vendida em milho de 328.584 lotes em 20 de fevereiro, a maior desde 23 de abril de 2019. O vencimento maio do grão subiu 2,00 cents (0,47%), e fechou a US$ 4,23 por bushel.

O recuo do dólar ante o Real e o fortalecimento do petróleo também influenciaram os negócios. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas brasileiras, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Embora fundos tenham espaço para cobrir mais posições vendidas, a questão é saber se esse movimento terá fôlego para se sustentar.

Os fundamentos do mercado de milho ainda são majoritariamente baixistas e têm limitado a alta dos preços. Ainda pesam sobre os contratos a oferta recorde dos Estados Unidos, chuvas favoráveis na Argentina e o avanço do plantio da 2ª safra de 2024 no Brasil. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que o plantio da 2ª safra de 2024 no País atingia 59% da área prevista até o dia 24 de fevereiro, avanço de 13,7% na semana e de 10,3% à frente de igual período da temporada anterior. Mato Grosso (77,4%) e Paraná (55%) lideram o plantio das lavouras de 2ª safra do cereal.