11/Mar/2024
Segundo a EarthDaily Agro, empresa de sensoriamento remoto com uso de imagens de satélites, o volume de chuvas ficou entre 40% e 80% abaixo da média nas últimas duas semanas no Centro-Oeste, Sudeste e boa parte do Paraná. O volume mais baixo que a normalidade neste momento ainda não é motivo para preocupação nas regiões produtoras de milho da 2ª safra de 2024. O ciclo do milho da 2ª safra de 2024 ainda está no começo e a exigência das plantas por água é baixa nesse estágio, mas será preciso mais chuvas. Para as próximas semanas, os modelos climáticos estão divergentes: enquanto o modelo europeu (ECMWF) mostra seca para a maior parte do País, o norte-americano (GFS) indica ocorrência de chuvas em algumas regiões. Então, se a tendência de seca se estender até o fim de março, existe possibilidade de afetar o potencial produtivo do milho 2ª safra de 2024.
A exceção é o Rio Grande do Sul, onde os volumes de chuvas se mantêm entre 50 milímetros ou mais acima da média, favorecendo o desenvolvimento das lavouras da safra de verão (1ª safra 2023/2024). O índice de vegetação (NDVI) está atualmente no maior nível em comparação com as últimas quatro temporadas. Além disso, a umidade do solo deve permanecer acima da média no curto prazo, cenário favorável para as lavouras de verão. No Paraná, mais de 80% do milho 2ª safra de 2024 foi semeado, mas na região norte o NDVI ainda não aponta emergência clara das plantas e a umidade do solo está abaixo da média. No sul do Estado, o NDVI apresenta boa dinâmica nesse início de ciclo e a umidade do solo está em bom nível na região, indicando que o ciclo do milho 2ª safra de 2024 está mais adiantado em comparação com o norte do Estado. Na Região Centro-Oeste, Mato Grosso também apresenta diferenças de desenvolvimento das lavouras de milho segunda safra.
Na região centro-norte do Estado, a umidade do solo deve ficar no menor nível em comparação com os últimos três anos. No entanto, o NDVI mostra um início de ciclo antecipado em relação às temporadas anteriores. Assim as lavouras de milho terão mais tempo para aproveitar o fim do período das águas. Na região sul do Estado, o modelo europeu (ECMWF) prevê que a umidade do solo tenha leve aumento no curto prazo. Em Mato Grosso do Sul, a umidade do solo deve continuar baixa de acordo com dados do ECMWF. A umidade do solo deve continuar abaixo da média, mas deve aumentar de maneira gradual no curto prazo. O cenário aponta similaridade com o ano de 2022, ano em que a produtividade foi boa. Para Goiás, o modelo europeu ECMWF aponta alta significativa da umidade do solo nos próximos dias, o que será favorável para o desenvolvimento das lavouras. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.