12/Mar/2024
Os contratos futuros de milho na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (11/03), apoiados por uma previsão mais seca que pode prejudicar a saúde da safra no Brasil. O volume do comércio tem estado ativo com os futuros do milho brasileiro subindo devido à piora da previsão de seca para o Norte e a região central do Brasil. O vencimento maio do milho ganhou 2,00 cents (0,45%), e fechou a US$ 4,41 por bushel. O elevado custo dos fertilizantes no Brasil tem levado áreas de plantio à adubação abaixo do necessário, o que pode prejudicar o desenvolvimento da cultura.
Na sexta-feira (08/03), levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) informou que fundos reduziram em 0,77% as apostas na queda dos preços de milho na semana encerrada em 5 de março. A posição líquida vendida passou de 287.795 lotes para 285.580 lotes. O volume do cereal inspecionado nos portos dos Estados Unidos caiu 2% na semana, para aproximadamente 1,12 milhão de toneladas. Ainda assim, ficou acima do 1,026 milhão visto em igual período de 2023. A previsão do USDA para estoque global veio abaixo do esperado, passando de 322,1 milhões de toneladas para 319,6 milhões de toneladas. Analistas esperavam um corte menor, para 320,7 milhões de toneladas.
A redução foi motivada por uma melhor expectativa de demanda. Contudo, os ganhos podem estar sendo limitados pela oferta abundante dos Estados Unidos e as boas perspectivas para a safra da Argentina. A área estimada para a 2ª safra de milho de 2024 estava 93% semeada até o dia 7 de março no Centro-Sul do Brasil, segundo dados da AgRural. A reta final do plantio ocorre sob condições climáticas predominantemente favoráveis e as lavouras se desenvolvem bem. O milho safra de verão (1ª safra 2023/2024), por sua vez, estava 57% colhido na região até a mesma data.