22/Apr/2024
Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (19/04) na Bolsa de Chicago, com a expectativa de maior demanda interna por etanol nos Estados Unidos. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) anunciou que vai permitir a venda de E15 (gasolina com mistura de 15% de etanol) durante o verão do Hemisfério Norte neste ano. A mistura atualmente é proibida entre 1º de junho e 15 de setembro, por temores de que contribua para aumentar a poluição em dias quentes. No entanto, a EPA disse que, por causa de questões decorrentes da guerra entre Rússia e Ucrânia e do conflito no Oriente Médio, a E15 pode ajudar a aliviar uma oferta possivelmente apertada de gasolina.
O vencimento julho do milho subiu 6,75 cents (1,55%), e fechou a US$ 4,43 por bushel. Na semana passada, acumulou desvalorização de 0,95%. O recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras, também deu suporte aos preços. O mercado também passou por correção, após ter recuado nas quatro sessões anteriores e acumulado perda de 2,46% no período. Um anúncio de vendas avulsas dos Estados Unidos ajudou a impulsionar as cotações. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram venda de 216,5 mil toneladas de milho para o México, sendo 23 mil toneladas para o ano comercial 2023/2024 e 193,5 mil toneladas para 2024/2025.
Na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita de milho alcançou 17,2% da área apta, avanço de 1,9% ante a semana anterior. Os trabalhos foram prejudicados por chuvas abundantes em grande parte da área agrícola. O rendimento médio nacional está em 8.790 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 49,5 milhões de toneladas. Em parte das áreas semeadas mais tarde, a qualidade das lavouras continua caindo por causa da incidência da cigarrinha-do-milho. A parcela da safra de milho em condição entre normal e excelente se manteve em 64%. A parcela em condição regular ou ruim ficou em 36%.