15/May/2024

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta terça-feira (14/05) na Bolsa de Chicago. Traders embolsaram lucros após o mercado ter subido nas duas sessões anteriores e acumulado ganho de 3,50% no período. Vendas realizadas por produtores dos Estados Unidos e a queda expressiva do trigo também pesaram sobre as cotações. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. A queda do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, foi outro fator de pressão.

O vencimento julho do grão recuou 5,00 cents (1,06%), e fechou a US$ 4,67 por bushel. Em seu levantamento mensal, publicado nesta terça-feira (14/05), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aumentou a estimativa para a safra brasileira de milho de 111 milhões para 111,6 milhões de toneladas, refletindo um ajuste para cima na área semeada. Na comparação com a temporada passada, a produção é 15,4% menor. A colheita da safra de verão (1ª safra 2023/2024) de milho alcançou 68,1% da área plantada no País, avanço de 5% na semana e atraso de 4,3% entre as temporadas. No Rio Grande do Sul, os trabalhos estavam em 86%.

As perdas foram limitadas pelo lento avanço do plantio nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a semeadura atingiu no dia 12 de maio 49% da área total prevista, avanço de 13% ante a semana anterior. O número, porém, é inferior aos 60% da data correspondente do ano passado e aos 54% da média dos cinco anos anteriores. Uma grande venda avulsa de milho dos Estados Unidos também impediu uma queda mais acentuada dos preços. Exportadores do país relataram venda de 405 mil toneladas de milho para o México, sendo 135 mil toneladas para o ano comercial 2023/2024 e 270 mil toneladas para 2024/2025.