20/May/2024
A Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) avalia que o Rio Grande do Sul terá de buscar milho de outros Estados para abastecer a indústria local de carne e de ração, após as recentes enchentes. Paraná e de Mato Grosso, sobretudo, serão os fornecedores. O movimento decorre das perdas potenciais na safra de verão (1ª safra 2023/2024) do Estado provocadas pelas chuvas. Cerca de 17% do cereal plantado ainda estava nas lavouras. A perda na safra vai afetar principalmente o consumo local do cereal. A produção que era destinada localmente terá de ser suprida por outras regiões, encarecendo o custo da cadeia de proteína animal como um todo.
Ainda não há estimativas oficiais de perda da safra de verão (1ª safra 2023/2024) do Rio Grande do Sul. Em seu levantamento mais recente da temporada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) manteve a produção do Estado estimada em 5,131 milhões de toneladas para o primeiro ciclo do grão. Mas, no momento, a percepção é que virá milho mais distante para atender a demanda momentânea da indústria de carnes do Rio Grande do Sul. A tendência é também de aumento no preço regional do cereal dadas as dificuldades atuais de escoamento da produção.
Localmente, há um impacto no valor, no custo do cereal adquirido, mas ao longo do tempo sendo suprido por outras regiões, as cotações devem se estabilizar. O mercado nacional, de forma geral, está mais atrelado ao câmbio e ao mercado internacional do que às eventuais perdas do Rio Grande do Sul. A Abramilho reforçou o pleito das entidades do Estados por celeridade do governo em medidas de socorro aos produtores para minimizar os prejuízos com as enchentes. Há necessidade de apoio para recuperação, de maquinário à propriedade, apoio logístico e estrutural de crédito. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.