23/May/2024
A Agroconsult divulgou, nesta quarta-feira (22/05), sua projeção para a 2ª safra de milho de 2024, de 96,7 milhões de toneladas. A redução de área e as condições climáticas irregulares em Mato Grosso do Sul e no Paraná levaram a uma expectativa de queda de 10,5% ante a temporada 2022/2023 e produtividade de 98,8 sacas de 60 Kg por hectare (7% menor que na safra 2022/2023). As estimativas apontam para queda de produtividade em todos os Estados, com destaques negativos para Mato Grosso do Sul, com 68 sacas de 60 Kg por hectare (97,5 sacas de 60 Kg por hectare na safra passada), Paraná com 90 sacas de 60 Kg por hectare (98 sacas de 60 Kg por hectare na safra anterior), e São Paulo, com 77 sacas de 60 Kg por hectare (89 sacas de 60 Kg por hectare na última temporada). Os destaques positivos são para Mato Grosso com projeção de 118 sacas de 60 Kg por hectare (120,1 sacas de 60 Kg por hectare em 2022/2023) e Goiás, com 112 sacas de 60 Kg por hectare (119 sacas de 60 Kg por hectare na safra passada).
Em relação à área plantada, a expectativa é de 16,3 milhões de hectares (redução de 3,8% ou 662 mil hectares a menos ante 2022/2023). O cenário econômico continua desafiador, porém o calendário de plantio acabou sendo benéfico e impulsionou o plantio. No início do ano, a expectativa era de uma redução de 1 milhão de hectares em comparação com 2022/2023. Apesar da queda no tamanho da safra, a temporada será de boa produtividade em Mato Grosso e Goiás, compensando parte da quebra em Mato Grosso do Sul e no Paraná. A expectativa inicial de um calendário ruim para implantação da 2ª safra de 2024 não se concretizou. O encurtamento do ciclo da soja abriu uma janela muito favorável para o plantio do milho nas principais regiões produtoras. Grande parte das áreas produtoras em Mato Grosso foi semeada em uma janela ideal, com chuvas bem distribuídas durante o desenvolvimento. O Estado registrou o segundo plantio mais rápido de sua história; o primeiro ocorreu na safra 2022/2023.
Goiás também semeou as lavouras de milho dentro de uma janela ideal e recebeu bons volumes de chuva em abril. 80% e 65% das lavouras desses Estados, respectivamente, têm alto potencial produtivo. O Paraná e Mato Grosso do Sul, apesar de terem plantado as lavouras em calendário muito mais favorável do que na safra anterior, devem registrar perdas decorrentes do clima seco ao longo dos meses de março e abril. O cenário de Mato Grosso do Sul, sem dúvida, é o mais preocupante. Toda a região sul do Estado foi afetada pela estiagem que já causou danos irreversíveis. Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Tocantins, no entanto, semearam as lavouras da 2ª safra de 2024 em uma janela de maior risco climático, em virtude do atraso da safra da soja. Com exceção de Minas Gerais, os demais Estados foram favorecidos pelas chuvas tardias de abril. A produção total de milho (1ª e 2ª safras) é estimada em 123,4 milhões de toneladas, em área de 21,1 milhões de hectares. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.