27/May/2024
Os futuros de milho fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (24/05) na Bolsa de Chicago. O vencimento julho do cereal ganhou 0,75 cent (0,16%), e fechou a US$ 4,64 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 2,71%. O desempenho refletiu em parte a expectativa de que fortes chuvas no Meio Oeste dos Estados Unidos atrapalhem a semeadura. Atrasos na colheita na Argentina e preocupações com a situação do Rio Grande do Sul também influenciaram os negócios. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita na Argentina alcançou 28,2% da área apta na última semana, avanço de 2,8% ante a semana anterior.
O rendimento médio nacional está em 8.190 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 46,5 milhões de toneladas. No Rio Grande do Sul, segundo a Emater-RS, a colheita avançou 4% em relação à semana anterior, para 92% da área cultivada. As lavouras por colher (6% em maturação e 2% em enchimento de grãos) passam a apresentar senescência, fungos, com alto risco de desenvolvimento de micotoxinas, e germinação em espiga, o que gera certa urgência pela retirada da cultura do campo.
A Datagro reduziu o potencial de produção da safra de verão (1ª safra 2023/2024) do Brasil de 23,991 milhões para 23,791 milhões de toneladas. Para a 2ª safra de 2024, a estimativa passou de 91,862 milhões de toneladas para 90,515 milhões de toneladas. O fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, também deu suporte aos preços. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Esses fatores foram contrabalançados por um movimento de realização de lucros, após o mercado ter subido nas duas sessões anteriores.