04/Jun/2024
A expectativa de quebra na 2ª safra de milho de 2024 leva os produtores a segurarem o que ainda tem do grão nos silos, na expectativa por altas de preço, o que mantém a negociação lenta no mercado spot. Mesmo em regiões em que não há 2ª safra, tais previsões estão no radar. Os preços têm comportamentos distintos de acordo com a situação de cada Estado. Regiões com clima mais positivo para a cultura, como Goiás e Mato Grosso, apresentam queda nos valores, enquanto Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, o clima desfavorável preocupa e as cotações sobem, à medida que a oferta de milho de qualidade tem caído. Em regiões consumidoras, como partes de São Paulo, os preços estão em baixa, sobretudo devido à retração de compradores. De modo geral, o que prevalece é comprador sinalizando ter estoques e no aguardo de um maior volume para negociar. Do lado vendedor, a maioria analisa a situação local para disponibilizar novos lotes.
No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, as negociações no mercado spot do milho estão lentas. Os compradores indicam R$ 68,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias, mas os vendedores indicam acima de R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB. Além da divergência quanto aos preços entre produtores e compradores, a preferência tem sido para a comercialização da soja, visto que a oleaginosa tem maior valor agregado. Não há indicações para a safra de milho de verão (1ª safra 2024/2025).
Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, as indicações de compra no spot se mantêm estáveis em R$ 40,00 por saca de 60 Kg FOB ou CIF (devido à proximidade das indústrias das fazendas na região, não há diferença de preço por modalidade), para entrega imediata e pagamento em 30 de julho. A entrada da nova safra tem elevado os fretes, o que repele acordos e deixa a negociação bem travada. Para a 2ª safra de 2024, os compradores indicam entre R$ 40,00 e R$ 42,00 por saca de 60 Kg FOB ou CIF, para entrega em julho e pagamento em setembro. Há registro de negócios pontuais para as indústrias de ração e etanol nesses patamares de preços