10/Jun/2024
Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (07/06) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. A alta do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas do Brasil, também pressionou as cotações. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o Brasil deverá exportar 1,052 milhão de toneladas de milho em junho. O vencimento julho do grão perdeu 3,25 cents (0,72%), e fechou a US$ 4,48 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 0,56%.
Os negócios também foram influenciados pelo progresso da colheita de milho na Argentina. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a colheita alcançou 35,1% da área apta na última semana, avanço de 5% ante a semana anterior. O rendimento médio nacional está em 7.820 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 46,5 milhões de toneladas. A parcela da safra de milho em condição entre normal e excelente diminuiu de 53% para 51% na semana passada. A parcela em condição regular ou ruim passou de 47% para 49%.
Traders também fizeram ajustes antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quarta-feira (12/06). Em maio, a agência projetou a colheita de milho no país em 377,46 milhões de toneladas, pouco abaixo do esperado por analistas, de 378,38 milhões de toneladas. A produção em 2023/2024 foi de 389,69 milhões de toneladas. O clima favorável ao desenvolvimento da safra no país foi outro fator que pressionou as cotações.