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11/Jun/2024

Preços do milho pressionados e negociações lentas

A comercialização de milho no spot está bastante lenta. Os preços têm caído com a entrada da 2ª safra de 2024. Somente em Mato Grosso do Sul, onde a quebra da colheita deve ser importante, as cotações vêm subindo desde o início do mês, sem necessariamente atrair vendedores. De modo geral, ainda que muitos produtores comecem a aumentar o volume de milho disponível no spot, uma parcela, receosa quanto aos impactos do clima adverso sobre as lavouras, segue limitando a oferta.

Do lado da demanda, os consumidores adquirem poucos lotes, à espera de novas baixas. Outro motivo inusitado a paralisar os negócios foi a edição, pelo governo federal, da MP 1.227/2024, que modifica formas de ressarcimento de créditos do PIS/Cofins em vários setores, inclusive a agroindústria. Parte dos agentes está afastada do spot por causa desta nova normativa.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, justamente por causa da MP, a comercialização de milho está travada no spot. Não há indicação de compra ou de venda, com o mercado atento a possíveis quedas do preço do grão daqui para a frente, depois que compradores fizerem as contas relativas ao impacto da MP em suas operações. Pode ser que o preço do milho caia, na base de 4% a 5%. Em relação aos preços da safra de verão (1ª safra 2024/2025), não há nenhuma sinalização dos participantes do mercado.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a comercialização está travada pela divergência quanto aos preços entre a ponta compradora e a ponta vendedora. Os compradores indicam R$ 48,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, mas os produtores indicam R$ 50,00 por saca de 60 Kg, em iguais condições. Em relação às vendas antecipadas do milho 2ª safra de 2025, não há negócios, nem indicação de preços.