30/Jul/2024
Os futuros de milho fecharam em alta nesta segunda-feira (29/06) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu suporte aos preços. Os ganhos também foram sustentados por um movimento de cobertura de posições vendidas. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos reduziram em 5,35% as apostas na queda dos preços de milho na semana até 23 de julho. A posição líquida vendida passou de 352.772 para 333.885 lotes.
Apesar da queda, o saldo vendido continua próximo da máxima histórica. O vencimento dezembro do grão subiu 2,25 cents (0,55%), e fechou a US$ 4,12 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,06 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos dos Estados Unidos na semana até 25 de julho, aumento de 6,83% ante a semana anterior. A alta foi limitada por chuvas em parte do Meio Oeste dos Estados Unidos, que devem favorecer as lavouras nos estágios finais de desenvolvimento. É seguro dizer que a polinização ocorreu ou está ocorrendo razoavelmente bem. A decisão de um tribunal de recursos nos Estados Unidos sobre isenções a pequenas refinarias também impediu uma alta mais acentuada, já que pode prejudicar a demanda por etanol.
Nos Estados Unidos, o bicombustível é feito principalmente com milho. O tribunal anulou a decisão da Agência de Proteção Ambiental (EPA) de negar pedidos de pequenas refinarias para serem desobrigadas das exigências de mistura de biocombustíveis. O tribunal devolveu à EPA, para reavaliação, mais de 100 pedidos de isenção de 2022 e 2023. A ampla oferta do Brasil no mercado de exportação foi outro fator baixista para os preços. Segundo a AgRural, a colheita da 2ª safra de 2024 alcançava, até o dia 25 de julho, 91% da área cultivada no Centro-Sul, em comparação com 83% uma semana antes e 55% em igual período do ano anterior.