21/Aug/2024

As negociações de milho no mercado spot brasileiro permanecem lentas, com vendedores e compradores ajustando preços em diversas regiões do País. Há divergência quanto aos preços entre compradores e vendedores, o que limita a comercialização. As indústrias estão com estoques relativamente cobertos até outubro ou novembro, o que reduz o apetite do mercado interno. O Brasil ainda não iniciou exportações de milho com intensidade.

A transição da soja para o milho nos portos brasileiros ainda não ocorreu em grande escala, o que atrasa as exportações. Os poucos negócios realizados têm sido para o cumprimento de contratos já firmados. O mercado de milho está mais sustentado que o da soja, levando os produtores a adiarem as vendas. Há uma expectativa de preços mais altos no futuro, o que faz com que os produtores mantenham suas posições. No entanto, o risco é vender na janela errada, concorrendo com a safra dos Estados Unidos e da Argentina. Por isso, é crucial definir um preço-alvo e realizar vendas de forma escalonada.

Em Mato Grosso, na região de Rondonópolis, as indicações de compra no mercado spot apresentam queda, a R$ 46,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em setembro e pagamento em outubro. Os vendedores indicam R$ 47,00 por saca de 60 Kg. O mercado de milho em Mato Grosso historicamente é lento em agosto, e este ano não é diferente. Há um impasse entre vendedores e compradores. A indústria tenta pressionar as cotações para baixo, mas os produtores resistem.

O mercado deve encontrar um equilíbrio nas próximas três semanas. Para 2ª safra de 2025, os volumes negociados ainda são pequenos e o interesse é limitado. No Paraná, na região de Maringá, os compradores indicam R$ 58,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 de setembro. Os produtores indicam R$ 60,00 por saca de 60 Kg. Para 2ª safra de 2025, os compradores indicam entre R$ 61,00 e R$ 63,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada entre junho e julho e pagamento no final de setembro do próximo ano.