28/Aug/2024
Os futuros de milho fecharam em alta nesta terça-feira (27/08) na Bolsa de Chicago. O mercado passou por correção após ter recuado nas três sessões anteriores e acumulado perda de quase 3% no período. A piora da condição das lavouras nos Estados Unidos também deu suporte aos preços. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados unidos (USDA), 65% da safra apresentava condição boa ou excelente no dia 25 de agosto, queda de 2% ante a semana anterior. Em Iowa, o principal Estado produtor de milho do país, essa parcela ficou estável, em 77%.
O vencimento dezembro do grão subiu 6,25 cents (1,62%), e fechou a US$ 3,92 por bushel. Essa piora pode ter ajudado um pouco os preços e diminui um pouco o receio de que a safra seja muito maior. Isso pode ter desencadeado um pequeno movimento de cobertura de posições, mas não é suficiente para sustentar um rali. A perspectiva de uma área menor de milho na Argentina, por causa da incidência da cigarrinha-do-milho, também deu suporte aos preços. A Bolsa de Comércio de Rosário informou que a área na temporada 2024/2025 pode diminuir 21%, ou cerca de 2 milhões de hectares.
A alta foi limitada por chuvas no Meio Oeste dos Estados Unidos, por vendas de milho da safra velha realizadas por produtores e pelo início da colheita no sul do país. A ampla oferta brasileira no mercado de exportação foi outro fator baixista para os preços do grão. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita da 2ª safra de milho de 2024 atingia 97,9% da área semeada no Brasil no dia 25 de agosto, avanço de 1,5% ante a semana passada e de 13,9% em comparação com igual período da safra 2022/2023. O USDA informou que exportadores dos Estados Unidos relataram venda de 127.760 toneladas de milho para o México, com entrega no ano comercial 2024/2025.