05/Sep/2024

A pressão de oferta que tem mantido as cotações do milho estáveis deve diminuir ao longo de setembro, criando potencial para alta dos preços no Brasil. Esse cenário deve se concretizar especialmente se a demanda externa se intensificar, favorecida pelo câmbio elevado e pela recuperação dos preços internacionais. O último trimestre do ano é tradicionalmente marcado por uma menor demanda da indústria pelo cereal.

No entanto, com a redução da oferta interna, as cotações devem continuar sustentadas. Questões logísticas nos Estados Unidos podem elevar os custos do milho norte-americano, beneficiando as exportações da América do Sul. Um fator que vem sustentando o preço do milho brasileiro é o nível do Rio Mississippi, principal rota logística do cereal norte-americano em direção ao Golfo. Isso pode encarecer o milho dos Estados Unidos, aumentando a demanda pelo cereal brasileiro.

No Paraná, na região de Maringá, os compradores indicam R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 45 dias. O valor permanece estável, sem volumes significativos de negociação, com produtores indicando R$ 62,00 por saca de 60 Kg FOB. Para a negociação antecipada da 2ª safra de 2025, não há referência de preços.

Em Mato Grosso, na região de Sorriso, os vendedores estão retraídos e a negociação é pontual. Os compradores indicam entre R$ 42,00 e R$ 43,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em outubro. Para 2ª safra de 2025, a indicação é de R$ 40,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em junho e pagamento em setembro. Há registro de alguns negócios nesse patamar de preço.