18/Oct/2024

As exportações brasileiras de milho continuam impulsionando os preços internos. O aumento dos embarques, somado à demanda local, tem sido decisivo para manter os preços acima da paridade de exportação, reforçando a competitividade do milho brasileiro no cenário internacional. Embora um pouco abaixo das expectativas, as exportações superaram 6 milhões de toneladas em setembro, e podem alcançar um volume semelhante em outubro.

Além das exportações, a demanda interna continua aquecida, especialmente no setor de proteína animal. O mercado interno e o externo seguem disputando o milho brasileiro, o que mantém os preços elevados, acima dos níveis registrados durante a colheita, até o fim de agosto. A menos que ocorra uma mudança significativa no cenário internacional ou uma valorização expressiva do Real, a tendência é a de que os preços do milho permaneçam firmes até o fim do ano, à espera de uma definição mais clara sobre a safra de verão (1ª safra 2024/2025).

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, os compradores indicam R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, enquanto os produtores indicam R$ 73,00 por saca de 60 Kg. A negociação é pontual. Os produtores estão relutantes em vender, devido às preocupações climáticas na Região Centro-Oeste e à expectativa de uma safra menor. Para o milho da safra de verão (1ª safra 2024/2025), a indicação é de R$ 68,00 por saca de 60 Kg FOB, com volumes negociados de forma pontual.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam R$ 58,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em 30 dias. Na semana passada, o mercado teve boa movimentação, mas agora está travado. Para o milho da 2ª safra de 2025, os compradores indicam R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto, enquanto os produtores indicam R$ 55,00 por saca de 60 Kg.