19/Nov/2024
Os futuros de milho fecharam em alta nesta segunda-feira (18/11) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. A alta também foi sustentada pelo recuo do dólar ante o Real e pelo fortalecimento do petróleo. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas do Brasil, enquanto o avanço do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.
O vencimento março do grão subiu 4,50 cents (1,03%), e fechou a US$ 4,39 por bushel. Dados de inspeção de embarques dos Estados Unidos também deram algum suporte aos preços. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 820.608 toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana até 14 de novembro, aumento de 2,93% ante a semana anterior. A forte demanda pelo milho dos Estados Unidos nas últimas semanas levou fundos de investimento a aumentar significativamente suas apostas na alta dos preços do grão na semana encerrada em 12 de novembro.
De acordo com levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), a posição líquida comprada desses agentes passou de 3.035 para 99.799 no período. Os ganhos foram limitados pelo avanço da semeadura na Argentina e pela expectativa de que a janela ideal de plantio da 2ª safra de 2025 no Brasil não seja comprometida. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o plantio na Argentina alcançou na última semana 38,6% da área total prevista, de 6,3 milhões de hectares. Na semana, o avanço foi de 1,4%. O plantio de milho precoce está quase concluído, faltando semear apenas alguns lotes no sul da área agrícola.