20/Jan/2025
Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (17/01) na Bolsa de Chicago, refletindo a boa demanda pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país venderam 1,02 milhão de toneladas de milho da safra 2024/2025 na semana encerrada em 9 de janeiro. O volume veio no teto das estimativas de analistas. O vencimento março do grão avançou 9,75 cents (2,05%), e fechou a US$ 4,84 por bushel. Na semana passada, acumulou valorização de 2,92%.
Apesar das chuvas que podem trazer alívio às áreas de cultivo da Argentina, o tempo seco desde a segunda quinzena de dezembro/2024 já prejudicou as lavouras de milho precoce, segundo a Bolsa de Comércio de Rosário, que estimou a produção do país em 48 milhões de toneladas. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires destacou que o tempo quente e seco no centro-leste da área agrícola afetou a condição hídrica das lavouras argentinas. Espera-se que as chuvas previstas para os próximos dias contribuam para reverter a situação da condição hídrica, interrompendo a deterioração das lavouras e beneficiando as regiões mais afetadas.
A parcela da safra de milho em condição entre normal e excelente era de 86% na última semana, em comparação a 91% na semana anterior. A possibilidade de atrasos no plantio da 2ª safra de milho de 2025 no Brasil contribuiu para os ganhos. A Agroconsult afirmou que, ao contrário do ano anterior, quando o ciclo da soja foi mais curto e beneficiou a janela de plantio do milho, a safra atual está apresentando uma dinâmica inversa, com ciclos mais longos. Isso vai restringir um pouco a janela de plantio do milho 2ª safra de 2025, especialmente na Região Centro-Oeste.