17/Mar/2025
Os futuros de milho fecharam em queda na sexta-feira (14/03) na Bolsa de Chicago, refletindo as disputas comerciais entre Estados Unidos e alguns de seus principais parceiros comerciais. China e União Europeia já anunciaram tarifas retaliatórias de 15% e 25%, respectivamente, sobre o grão norte-americano. A situação pode se agravar em 2 de abril, se os Estados Unidos realmente implementarem tarifa de 25% contra produtos do México e Canadá. O México é o principal importador de milho dos Estados Unidos, enquanto o Canadá é o maior comprador de etanol norte-americano. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento maio do grão caiu 6,75 cents (1,45%), e fechou a US$ 4,58 por bushel. Na semana passada, recuou 2,29%.
Estimativas discrepantes para a produção de milho na Argentina também geraram incertezas no mercado. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires projetou uma safra de 49 milhões de toneladas. A Bolsa de Comércio de Rosário cortou sua previsão de 46 milhões de toneladas para 44,50 milhões de toneladas. Um anúncio de venda avulsa de milho dos Estados Unidos impediu uma queda mais acentuada dos preços. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram venda de 218.604 toneladas de milho para destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2024/2025. O recuo do dólar ante o Real e a alta do petróleo também limitaram as perdas. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas do Brasil, enquanto o avanço do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol.