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28/Mar/2025

Projeção indica consumo interno recorde em 2025

A Agroconsult projeta que o Brasil exportará 42 milhões de toneladas de milho em 2025, um crescimento de quase 5 milhões de toneladas em relação aos 37,4 milhões de toneladas embarcadas no ano passado. O volume, porém, ainda é inferior ao recorde de 54 milhões a 55 milhões de toneladas registrado há duas safras. A expectativa de aumento nas exportações vem acompanhada de uma projeção de consumo doméstico recorde. A expectativa do consumo doméstico de milho está sendo superior a 96 milhões de toneladas, comparado aos 88 milhões de toneladas do ano anterior. A demanda interna é impulsionada principalmente pela indústria de etanol, que deverá consumir 22,3 milhões de toneladas este ano. A produção total de milho no País deve atingir 136 milhões a 137 milhões de toneladas, contra 128 milhões no ciclo anterior. O aumento vem principalmente da 2ª safra de 2025, para a qual a projeção é de 109,6 milhões de toneladas. A área cresceu 6%. Poderia ter crescido mais, porque teve produtores que desistiram na última hora, já estava atrasado demais.

Parte das lavouras de milho foi plantada tardiamente e dependerá das chuvas de abril e maio para manter o potencial produtivo. Essa lavoura mais tardia vai precisar das chuvas da segunda quinzena de abril e da primeira quinzena de maio para poder confirmar essa estimativa de 109 milhões de toneladas. Nos próximos 30 dias será possível ter uma noção mais precisa do tamanho da 2ª safra de 2025. O mercado de milho está apresentando preços sustentados, com valores significativamente superiores aos do ano passado. No passado, o teto era R$ 40,00 por saca de 60 Kg. Este ano, R$ 40,00 por saca de 60 Kg tem sido o piso. O milho em plena safra em Mato Grosso chegou a R$ 70,00 por saca de 60 Kg em algumas regiões. A comercialização da safra segue lenta, com produtores esperando preços ainda mais altos. Não é uma estratégia errada, mas fica o alerta de que uma safra de milho grande pode exercer pressão sobre os preços.

No cenário global, o quadro é favorável para o cereal, com déficit de produção em relação ao consumo, apesar da queda nas importações chinesas, que devem recuar de mais de 20 milhões de toneladas nos anos anteriores para apenas 8,1 milhões neste ano. Há uma demanda aquecida de milho no mundo inteiro, vinda de outras regiões. Basta ver a performance de exportação dos americanos. Eles devem exportar 63 milhões de toneladas de milho este ano, um número muito alto. Entre os fatores que sustentam o mercado global, quebras de safra na Europa pelo terceiro ou quarto ano consecutivo, redução na produção norte-americana, limitações na Ucrânia devido à guerra e problemas climáticos na Argentina. Olhando os quatro grandes exportadores, aquele que tem a condição de dar um salto em relação ao que foi a performance do ano passado vai ser o Brasil, se a safra tiver boa performance. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.