09/Apr/2025
A formação de preços do milho brasileiro está sendo influenciada pela exportação, enquanto o consumo interno segue normalizado. Mais de 30% da 2ª safra de 2025 vai precisar ser exportada, porque não tem demanda doméstica para tudo. Mesmo com o tarifaço anunciado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, os fundamentos seguem firmes. A Bolsa de Chicago subiu na semana passada. Está faltando milho no mundo e não tem como cair o preço. No campo, a 2ª safra de 2025 caminha para ser volumosa, apesar de perdas localizadas.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, o mercado está travado tanto no disponível quanto nas vendas antecipadas da 2ª safra de 2025. A indicação de compra é de R$ 72,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em até sete dias. Os produtores estão afastados do mercado. Para 2ª safra de 2025, a indicação está entre R$ 57,50 e R$ 58,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento no fim de agosto. Os preços não atraem os produtores, que estão cautelosos e à espera de alta nos preços. Há receio de pressão adicional nos próximos meses, caso o clima siga favorável e a produção se consolide.
Em São Paulo, na região de Campinas, a indicação de compra no spot é de R$ 87,00 por saca de 60 Kg CF. O preço avança devido à diminuição de ofertas por parte dos produtores. Na exportação, a indicação para entrega no Porto de Santos em setembro é de R$ 76,00 por saca de 60 Kg. Apesar do avanço, ainda há resistência para fechar negócios. O exportador precisa elevar a indicação para competir com a indústria local.