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28/Apr/2025

Clima favorece 2ª safra de milho no Centro-Oeste

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu mais recente Boletim de Monitoramento dos Cultivos de Verão, divulgado na sexta-feira (25/04), as chuvas que caíram entre 1º e 21 de abril na Região Centro-Oeste do País foram suficientes para a manutenção da umidade do solo na maioria das áreas, o que beneficiou o desenvolvimento do milho 2ª safra de 2025. O milho e o algodão cultivados no Centro-Oeste têm sido beneficiados com o bom volume de chuvas registrado em abril. Mesmo que no início do mês tenha havido certa restrição hídrica em algumas áreas por causa da temperatura elevada no meio do dia, as chuvas retornaram na segunda quinzena, repondo o déficit hídrico e garantindo a recuperação das lavouras que ainda estavam em estágio vegetativo. A média diária do armazenamento hídrico no solo permaneceu elevada em quase toda a região, com exceção de algumas áreas em Goiás e Mato Grosso do Sul, onde o intervalo sem chuva ao longo do período restringiu o potencial produtivo de parte das lavouras.

Quanto à Região Sudeste, poucas chuvas em importantes regiões produtoras de São Paulo e Minas Gerais afetaram o desenvolvimento do milho 2ª safra de 2025. Com exceção do sul de Minas Gerais e dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, onde houve chuvas no início do mês, as precipitações só ocorreram de forma mais abrangente na terceira semana. Desta forma, o a média diária do armazenamento hídrico no solo ficou abaixo do necessário para a demanda hídrica das lavouras durante a maior parte do período no centro e norte de São Paulo e no centro-norte de Minas Gerais, além de algumas áreas do Triângulo Mineiro (MG), onde lavouras de milho 2ª safra de 2025 foram afetadas, pois já se encontravam em floração e enchimento de grãos. Na Região Sul do País, as chuvas ocorreram principalmente na primeira e segunda semanas do mês no sul do Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Com exceção de algumas áreas no centro e norte do Paraná, as temperaturas máximas mais amenas mantiveram a umidade no solo em níveis suficientes para o desenvolvimento da maioria das lavouras de feijão e milho 2ª safras, além da soja ainda em enchimento de grãos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. No geral, as condições em abril foram favoráveis para o manejo e o desenvolvimento dos cultivos de 2ª safra. Assim como, para a maturação e colheita dos cultivos de verão (1ª safra), devido ao tempo mais estável na terceira semana do mês. A Região Norte recebeu o maior volume de chuvas, o que favoreceu os cultivos de 1ª e 2ª safras no Pará, Tocantins e Rondônia. Houve, porém, atraso pontual na colheita de soja e milho safra de verão (1ª safra 2024/2025_ por causa do excesso de umidade. As lavouras tardias têm sido beneficiadas com a redução nas precipitações.

Em Roraima, as chuvas da primeira quinzena do mês possibilitaram a antecipação da semeadura da soja, devido à recuperação do armazenamento hídrico do solo. Na Região Nordeste, os maiores acumulados ocorreram no norte do Maranhão e do Ceará. Houve restrição hídrica em algumas áreas, principalmente no Semiárido. Nesta região, as chuvas ocorreram em maior intensidade no início de abril, tanto no centro-norte do Maranhão quanto no Ceará. Nas demais áreas, as chuvas foram irregulares, mantendo baixo o nível de armazenamento hídrico do solo principalmente no centro-sul e no centro-norte da Bahia, mantendo o déficit hídrico nas lavouras de feijão e milho. Em algumas áreas da Região Nordeste, além disso, como no sudeste do Piauí e no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, embora tenha havido ligeira recuperação do armazenamento hídrico do solo, os níveis ainda estão aquém do necessário para a semeadura e o desenvolvimento das lavouras. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.