23/May/2025
Os futuros de milho fecharam sem tendência definida nesta quinta-feira (22/05) na Bolsa de Chicago. O vencimento julho ganhou 2,00 cents (0,43%), e fechou a US$ 4,63 por bushel, enquanto os demais recuaram. O milho para julho subiu com sinais de que a demanda pelo grão norte-americano continua forte. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que exportadores do país venderam 1,19 milhão de toneladas de milho da safra 2024/2025, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 15 de maio. Para a temporada 2025/2026, foram vendidas 218,4 mil toneladas.
As vendas totais, de cerca de 1,41 milhão de toneladas, vieram dentro das estimativas de analistas. Traders também deram continuidade ao movimento de cobertura de posições vendidas iniciado na segunda-feira (19/05), após dados terem mostrado que fundos de investimento passaram a apostar na queda dos preços de milho na Bolsa de Chicago. O enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, impediu uma alta mais acentuada dos preços. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.
Além disso, o clima favorável para o avanço do plantio nos Estados Unidos e o tempo majoritariamente seco nas principais regiões agrícolas do Brasil, onde já está em andamento a colheita da 2ª safra de 2025, também pesaram sobre os contratos. A Agroconsult estimou que o Brasil pode colher 112,9 milhões de toneladas de milho na 2ª safra de 2025, o que representa alta de 10,5% em relação à safra passada. Caso a estimativa se confirme, a produção total de milho no Brasil pode alcançar 140 milhões de toneladas, ficando levemente abaixo do recorde da safra 2022/2023, de 141,8 milhões de toneladas.