10/Jun/2025
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta segunda-feira (09/06) na Bolsa de Chicago, com o avanço da colheita da 2ª safra de 2025 no Brasil e a expectativa de que o grão brasileiro comece a entrar no mercado de exportação nas próximas semanas. A colheita atingiu no dia 5 de junho 1,9% da área cultivada no Centro-Sul do País, segundo levantamento semanal da AgRural. O índice representa avanço de apenas 0,6% em uma semana e é o mais baixo para esta época do ano desde 2021. Um ano atrás, 10% da 2ª safra de 2024 tinha sido colhida. O vencimento julho do grão recuou 9,00 cents (2,03%), e fechou a US$ 4,33 por bushel.
A ausência de acordos comerciais em meio à escalada tarifária dos Estados Unidos também pressionou as cotações, uma vez que a decisão do país de aumentar de 25% para 50% a tarifa sobre aço a alumínio afeta alguns dos principais compradores de milho norte-americano, como México e Japão, e de etanol, como o Canadá. O clima favorável no Meio Oeste dos Estados Unidos também pesou sobre os contratos. A previsão é de temperaturas acima da média e chuvas esparsas na região, condições ideais para o desenvolvimento inicial da safra.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,656 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 5 de junho, alta de 0,90% ante a semana anterior. Investidores também estão atentos às fortes apostas de fundos na queda dos preços de milho na Bolsa de Chicago, que tornam a commodity mais suscetível a um movimento de cobertura de posições vendidas em caso de um evento climático adverso. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que o saldo vendido em milho cresceu 48,6% na semana até 3 de junho, de 90.149 para 133.979 lotes.