11/Jun/2025
O mercado do milho está atento à entrada da 2ª safra de 2025 no Brasil, com os contratos futuros da B3 ainda sob pressão da oferta, mas apontando para uma recomposição de preços mais à frente. A curva da bolsa já antecipa uma virada positiva a partir de setembro, quando os estoques internacionais devem seguir justos e o mercado global volta a absorver volumes brasileiros com mais intensidade. Em regiões como Mato Grosso do Sul e Paraná, o excesso de chuvas da semana passada impediu o avanço mais acelerado das máquinas, mas não muda a leitura estrutural do mercado.
Agora, a colheita já retoma o ritmo e a oferta vai aparecer com força. Apesar da pressão da oferta, os contratos com vencimento mais distante na B3 indicam expectativa de valorização. O mercado está precificando a grande safra, mas depois disso vem a reacomodação. E ela deve ser positiva. No mercado físico, os negócios nos portos estão em ritmo mais lento, com prêmios ainda positivos, mas compradores mais cautelosos diante da entrada da nova safra.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a indicação de compra no disponível é de R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para entrega em julho, mas os compradores estão retraídos. Os vendedores indicam R$ 56,00 por saca de 60 Kg. A colheita da 2ª safra de 2025 ainda não avança com força na região, o que contribui para a baixa liquidez. Além disso, há preocupação com o potencial produtivo das lavouras, afetadas pontualmente por pragas e clima irregular.
Em São Paulo, na região de Campinas, os compradores estão mais cautelosos e os vendedores estão fora do mercado diante da paralisação da colheita da 2ª safra de 2025 devido às chuvas. Assim, o mercado está parado. A indicação de compra é de R$ 67,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em até 30 dias. Para exportação, as indicações no Porto de Santos são de R$ 66,00 por saca de 60 Kg. No interior, a indicação gira entre R$ 58,00 e R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB, também sem liquidez.