12/Jun/2025
Os futuros de milho fecharam em leve baixa nesta quarta-feira (11/06) na Bolsa de Chicago. A ausência de acordos comerciais entre Estados Unidos e importantes compradores do grão norte-americano segue pressionado as cotações. O vencimento julho do milho perdeu 1,75 cent (0,40%), e fechou a US$ 4,37 por bushel. Um possível acordo entre Estados Unidos e México, que removeria as tarifas de 50% impostas pelo presidente Donald Trump sobre as importações de aço, seria um fator altista para os preços. O México é o principal comprador de milho norte-americano. No entanto, as tensões entre os dois países se reacenderam após a secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, acusar a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, de incentivar os protestos em Los Angeles.
As perdas foram limitadas pelo recuo do dólar ante o Real e pelo fortalecimento do petróleo. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto o avanço do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Dados de produção e estoques de etanol nos Estados Unidos também impediram uma queda mais expressiva dos preços. A Administração de Informação de Energia do país informou que a produção média foi de 1,12 milhão de barris por dia na semana encerrada em 6 de junho. O volume veio acima do teto das estimativas do mercado, de 1,104 milhão de barris por dia.
Os estoques do biocombustível somaram 23,7 milhões de barris, enquanto analistas esperavam pelo menos 24 milhões de barris. Quanto ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quinta-feira (12/06), analistas acreditam que a produção nos Estados Unidos será estimada em 401,19 milhões de toneladas em 2025/2026, em comparação a 401,85 milhões de toneladas projetadas em maio. O USDA deverá elevar sua estimativa para a produção de milho no Brasil em 2024/2025 de 130 milhões de toneladas para 131,5 milhões de toneladas. A projeção para a safra de milho da Argentina deverá ser reduzida de 50 milhões de toneladas para 49,9 milhões de toneladas.