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12/Jun/2025

Preços do milho pressionados inibem negociação

O milho segue pressionado pela expectativa de oferta elevada da 2ª safra de 2025, mesmo com a colheita atrasada pela alta umidade no Paraná e Mato Grosso do Sul. As tradings estão retraídas esperando queda de preço para o interior chegar mais próximo da paridade de exportação. A indústria está coberta até agosto, então não há necessidade de compras para junho e julho. Como o preço caiu muito, os produtores estão retraídos. A perspectiva de oferta ampla mantém o cenário pessimista para preços. Para os próximos meses, haverá pressão adicional na logística.

No Paraná, na região de Cascavel, o mercado está parado, com preços instáveis e colheita ainda restrita. Há registro de negócios pontuais entre R$ 60,00 e R$ 67,00 por saca de 60 Kg FOB. A oferta segue limitada e o alto custo de secagem inibe o avanço das entregas. A previsão é de vários dias com chuva, o que atrasará ainda mais a colheira. Com pouco volume disponível, o mercado ainda depende do avanço da colheita no Estado ou da chegada de milho da Região Centro-Oeste para ganhar tração. Nas indústrias locais, o milho chega ao redor de R$ 67,00 por saca de 60 Kg.

Em Mato Grosso, na região de Sinop, o cereal perdeu força com a queda do câmbio e o avanço pontual da colheita. A indicação é de R$ 40,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em agosto e pagamento em setembro. Mas, os produtores indicam R$ 45,00 por saca de 60 Kg. Com a divergência quanto aos preços, o mercado está travado. Com o recuo generalizado de preços e o frete subindo, não há liquidez. Os produtores estão cumprindo contratos antigos. A colheita da 2ª safra de 2025 ainda é incipiente, e a combinação de câmbio fraco, gargalos logísticos e aumento do frete limita qualquer tentativa de retomada.