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13/Jun/2025

Preços em baixa com a previsão de oferta elevada

O mercado de milho segue pressionado pela expectativa de entrada da 2ª safra de milho de 2025 no País. A produção deve ser elevada e isso mantém os preços em queda. Isso é o que tende a ditar o rumo do mercado interno brasileiro nos próximos meses. Não há fatores de sustentação no curto prazo, com a ampla oferta doméstica sendo o principal direcionador dos preços. A geada no final de maio e início de junho em Mato Grosso do Sul e Paraná não deu suporte aos preços.

As lavouras de milho estão muito boas na maior parte do País, confirmando expectativas de uma safra robusta. A perspectiva de exportações também gera incertezas para o mercado brasileiro. A exportação norte-americana está forte e a exportação da Argentina também compete com o Brasil, com preços competitivos hoje. Existe dúvida sobre o volume que o Brasil conseguirá embarcar, fator importante para determinar o nível de estoques no final do ano.

O cenário aponta para fraqueza nas cotações nas próximas semanas. Neste momento, não há nenhum grande ponto para fazer o mercado voltar a subir com força no Brasil. A única exceção seria uma deterioração climática nos Estados Unidos, que poderia gerar volatilidade na Bolsa de Chicago e oferecer algum suporte aos preços brasileiros.

Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, o mercado segue lento. Os compradores indicam entre R$ 47,00 e R$ 48,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque curto, mas o produtor indica entre R$ 50,00 e R$ 52,00 por saca de 60 Kg. A demanda supera a oferta, mas o desacordo quanto aos preços impede a negociação. A maior parte dos vendedores está concentrada em antecipar entregas de contratos firmados no começo do ano, quando os preços ainda estavam acima de R$ 55,00 por saca de 60 Kg.

No Paraná, o mercado de milho perdeu tração, com compradores retraídos e vendedores ausentes. Na região de Maringá, as indicações CIF porto para embarque em julho estão em baixa, refletindo o câmbio fraco e a baixa competitividade externa. No Porto de Santos (SP), a indicação é de R$ 67,50 por saca de 60 Kg, para entrega até 20 de julho e pagamento em 29 de agosto.

No Porto de Paranaguá, a indicação é de R$ 66,00 por saca de 60 Kg, nos mesmos prazos. No Porto de São Francisco do Sul (SC), os compradores indicam R$ 66,50 por saca de 60 Kg, para pagamento no fim de agosto. No interior, as cooperativas indicam entre R$ 64,00 e R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento curto, mas o movimento segue pontual. A colheita da 2ª safra de 2025 está apenas começando, com milho ainda úmido na maioria das lavouras, o que limita o volume ofertado.