25/Jul/2025

Os contratos futuros de milho encerraram esta quinta-feira (24/07) em alta na Bolsa de Chicago, impulsionados pelas fortes vendas semanais dos Estados Unidos e por movimento de recuperação técnica após perdas recentes. O vencimento dezembro ganhou 3,25 centavos (0,78%) e fechou a US$ 4,20 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que as vendas de milho totalizaram 1,377 milhão de toneladas na semana encerrada em 17 de julho, próximo ao teto das estimativas. O volume combina 643,1 mil toneladas da safra 2024/2025 com 733,9 mil toneladas da temporada 2025/2026.

O USDA reportou vendas avulsas de mais 419,196 mil toneladas, sendo 135 mil destinadas à Coreia do Sul e 284,196 mil toneladas para destinos não revelados. O órgão inicialmente havia informado que o volume de 135 mil toneladas seria direcionado à China, mas corrigiu a informação posteriormente, destacando mais uma vez o distanciamento do país asiático. O milho encontrou suporte adicional na alta do petróleo, que favorece a demanda por etanol. Cerca de um terço da produção americana de milho é destinada à fabricação do biocombustível, tornando o setor sensível aos movimentos dos preços energéticos. A recuperação técnica após as perdas das sessões anteriores também contribuiu para a valorização.

Segundo a AgResource, exportadores dos Estados Unidos afirmam que a China não tem feito consultas sobre milho da nova safra. Apesar dessa ausência em meio às negociações comerciais delicadas, as vendas robustas para outros destinos sustentaram o otimismo do mercado. Nos Estados Unidos, o bom estado das lavouras oferece resistência aos ganhos de longo prazo. O clima tem favorecido o desenvolvimento das plantas, com previsões de chuvas e temperaturas amenas, mantendo a perspectiva de safra volumosa. O mercado segue cauteloso quanto à efetividade dos recentes acordos comerciais firmados pelos Estados Unidos. O pacto com o Japão ficou "muito aquém" das expectativas do setor exportador agrícola.