25/Jul/2025
Os preços do milho seguem próximos ao custo de produção no Brasil. Os produtores postergam a colheita e administram os volumes para tentar evitar vendas no pico da safra. Apesar do bom desempenho da 2ª safra de 2025, o ritmo de colheita continua atrasado em relação aos anos anteriores. Esse atraso vem sendo usado como ferramenta de negociação, sobretudo por produtores que enfrentam gargalos logísticos ou restrições de armazenagem. Mesmo com a produção elevada, o milho ainda não está entrando em grande volume no mercado físico. A contenção da oferta se soma a um cenário de compradores bem abastecidos para julho, agosto e setembro. Boa parte da indústria antecipou compras no primeiro semestre e agora cumpre contratos. O produtor deve continuar fazendo a gestão dos volumes, aguardando preços mais compensadores e oportunidades logísticas melhores antes de entregar o grão.
No Paraná, na região de Guarapuava, o mercado de milho segue travado. A pressão de oferta não tem se convertido em maior liquidez, diante da postura cautelosa dos vendedores e da tentativa dos compradores de manter os preços em patamares mais baixos. Há registro de negócios no spot entre R$ 59,00 e R$ 63,00 por saca de 60 Kg. No CIF Porto de Paranaguá, os compradores indicam entre R$ 64,00 e R$ 65,00 por saca de 60 Kg, para entrega imediata e pagamento no fim de setembro. Tem demanda, o mercado não está parado, mas o vendedor quer receber mais rápido e busca preços mais elevados (a partir de R$ 66,00 por saca de 60 Kg). Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, os negócios são esporádicos, apesar da evolução da colheita. A indicação está entre R$ 45,00 e R$ 46,00 por saca de 60 Kg FOB para entrega e pagamento em setembro e R$ 47,00 por saca de 60 Kg, para entrega e pagamento em outubro. Os produtores locais seguram a oferta e esperam preços de R$ 50,00 por saca de 60 Kg para retomar a comercialização.