28/Jul/2025
Os contratos futuros de milho caíram na sexta-feira (25/07) na Bolsa de Chicago, refletindo o avanço da colheita no Brasil, a manutenção das estimativas de produção na Argentina e a falta de novidades capazes de sustentar os preços no curto prazo. O vencimento dezembro perdeu 1,75 cent (0,42%) e fechou a US$ 4,19 por bushel. Com o mercado operando em ritmo lento e sem sinal de stress climático nos Estados Unidos, o potencial de uma safra cheia se consolida no radar dos fundos. Os volumes negociados foram baixos, com operadores reduzindo exposição à medida que agosto se aproxima. O foco segue no clima, mas o sentimento é de acomodação. Sem evento novo, o rendimento tende a melhorar. No front externo, a colheita na Argentina avançou para 84% da área estimada, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires.
A produção total foi mantida em 49 milhões de toneladas. Mesmo com atrasos pontuais no sul do país, os trabalhos seguem em ritmo satisfatório no centro e norte, garantindo fluxo ao mercado regional. Nos Estados Unidos, as condições das lavouras permanecem positivas. A frente fria que cruza o centro do país ajuda a manter o estresse térmico sob controle em boa parte do cinturão do milho. Traders acompanham o avanço das lavouras rumo à fase de enchimento de grãos, mas evitam ampliar posições antes de atualizações mais concretas nas próximas semanas. No Brasil, o avanço da 2ª safra de 2025 aumenta a pressão sobre os preços.
O dólar fortalecido ante o Real estimula os embarques e amplia a competição externa, principalmente no curto prazo. As incertezas em torno das negociações comerciais dos Estados Unidos também continuam no radar. O acordo com o Japão decepcionou o mercado, e novas declarações do presidente Donald Trump sobre o Canadá mantêm o ambiente instável. Apesar disso, o bom ritmo das vendas externas dos Estados Unidos limitou as perdas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou a venda de 102,87 mil toneladas para o México e de 140 mil toneladas para a Coreia do Sul, ambas da temporada 2025/2026. No relatório semanal, as vendas somaram 1,377 milhão de toneladas, dentro da faixa alta das estimativas dos analistas.