30/Jul/2025
Os contratos futuros de milho encerraram esta terça-feira (29/07) em baixa na Bolsa de Chicago, pressionados pelo excelente estado da safra norte-americana e pelo avanço da colheita da 2ª safra de 2025 no Brasil. O vencimento dezembro perdeu 3,00 cents (0,72%) e fechou a US$ 4,11 por bushel, em sessão dominada por fundamentos baixistas globais. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 73% das lavouras de milho estavam em condição boa ou excelente na semana encerrada em 27 de julho, ante 74% na semana anterior. Apesar da leve queda, o percentual supera os 68% registrados no mesmo período de 2024.
Segundo o Commerzbank, a proporção de 73% é o nível mais alto dos últimos nove anos para o período, reforçando expectativas de safra cheia. No Brasil, a colheita da 2ª safra de 2025 avança em ritmo acelerado. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que o País atingiu 66,1% da área colhida até o dia 27 de julho, avanço de 10,6% em relação à semana anterior. A Anec elevou a projeção de exportação de milho em julho de 4,14 milhões de toneladas para 4,18 milhões de toneladas, reforçando a pressão da oferta brasileira sobre o mercado global. A Argentina também contribui para o cenário baixista após reduzir as retenções sobre o milho de 12% para 9,5%.
O país é o terceiro principal exportador global de milho e a medida pode tornar o cultivo mais atraente para os produtores argentinos, ampliando a oferta futura. Há fraqueza geral em todo o complexo de grãos e oleaginosas. Condições de crescimento têm sido geralmente boas em outras partes do Hemisfério Norte, incluindo China e União Europeia. O clima favorável afasta preocupações dos traders sobre riscos de produção. O clima nos Estados Unidos continua sustentando as perspectivas otimistas. As previsões indicam temperaturas mais baixas nos próximos dias, o que deve beneficiar o desenvolvimento das plantas na fase crítica de enchimento de grãos.