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30/Jul/2025

Preço do milho pressionado pelo avanço da colheita

Os preços do milho no mercado brasileiro seguem pressionados pela entrada da 2ª safra de 2025, mas a liquidez no físico continua limitada por fatores logísticos e pela cautela do produtor. Tem muito milho chegando, a colheita avança bem. Mas, mesmo assim, há pouco vendedor. O produtor prefere reter o cereal e, quando precisa fazer caixa, opta por vender soja, que sofre menos com os custos de frete. Os preços no porto recuaram levemente mesmo com a alta do dólar, o que limita os diferenciais e reforça a disputa logística entre milho e soja. O frete está caro e consome uma ‘fatia do bolo’. Isso atrapalha a originação. Tem produtor segurando o milho porque o custo para tirar da fazenda subiu muito. Com a disputa por frete e espaço nos terminais, os embarques seguem travados. Tem disputa de frete entre os que vão embarcar soja e os que vão embarcar milho. E, por isso, quem precisa vender está indo de soja primeiro. O cenário de curto prazo ainda é de pressão sobre os preços, mas com fundamentos positivos no médio prazo, desde que os custos logísticos cedam ou os prêmios melhorem.

Em São Paulo, na região de Campinas, a oferta física é mínima e os compradores estão focados na administração de contratos. Quem está comprando está mais para administrar estoque, sem necessidade urgente. As indicações ficam em R$ 63,00 por saca de 60 Kg FOB interior, mas não tem vendedor. No Porto de Santos, as indicações estão entre R$ 65,50 e R$ 66,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Santos, refletindo a fraqueza do mercado externo. Para o milho exportado ficar interessante, precisaria pagar R$ 70,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Santos, o que resultaria em R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB para o produtor. Devido às chuvas generalizadas, praticamente não tem oferta física no mercado. Os compradores também estão cautelosos, priorizando contratos já firmados e evitando novas posições diante da incerteza climática. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam entre R$ 49,00 e R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, mas o vendedor só negocia quando tem urgência. A logística é um dos principais entraves. O frete subiu bastante, quase R$ 50,00 por tonelada. A colheita que estava atrasada ficou ainda mais travada com as chuvas da semana passada, limitando a oferta no curto prazo.