07/Aug/2025
Os futuros de milho fecharam em baixa pela quarta sessão consecutiva nesta quarta-feira (06/08) na Bolsa de Chicago, refletindo a previsão de uma safra recorde nos Estados Unidos. A StoneX projetou uma produção de 414,61 milhões de toneladas, em comparação à estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de 398,91 milhões de toneladas. O vencimento dezembro do grão perdeu 0,75 cent (0,19%) e fechou a US$ 4,01 por bushel, após ter atingido mínima de US$ 3,96 por bushel (-1,31%). O mercado de milho continua removendo prêmio de risco, já que ameaças climáticas nos Estados Unidos não são esperadas até meados de agosto. As estimativas privadas de safra superaram as expectativas.
O leste do Meio Oeste tem umidade no solo suficiente para suportar os próximos 10 a 12 dias sem chuva. A ampla oferta brasileira no mercado de exportação também continua pressionado as cotações do grão. A colheita de milho 2ª safra de 2025 no Brasil atingiu 75,2% da área no dia 3 de agosto, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os trabalhos avançaram 9,1% em comparação com o domingo anterior. A forte demanda pelo grão norte-americano limitou as perdas. Relatório que o USDA publica nesta quinta-feira (07/08) deve mostrar que exportadores dos Estados Unidos venderam entre 1,4 milhão e 2,9 milhões de toneladas de milho na semana até 31 de julho.
Além disso, compradores foram atraídos após os preços terem rompido a marca de US$ 4,00 por bushel, o que também impediu uma queda mais expressiva. Dados de produção e estoques de etanol nos Estados Unidos não tiveram grande impacto sobre as cotações. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. De acordo com a Administração de Informação de Energia, a produção média foi de 1,081 milhão de barris por dia na semana encerrada em 1º de agosto. Os estoques somaram 23,8 milhões de barris.