26/Aug/2025
Segundo o Itaú BBA, a indústria de etanol de milho no Brasil soma cerca de R$ 23 bilhões em investimentos. A produção deve crescer mais de 50% até a safra 2026/2027, passando dos atuais 8,2 bilhões de litros para mais de 12,1 bilhões de litros. Dos 22 projetos identificados em 2024, 3 já foram concluídos, 13 seguem em andamento e 6 foram postergados. Chama a atenção o fato de que todos os projetos adiados pertencem a grupos que estreariam no setor, o que evidencia os desafios do segmento, especialmente diante do alto custo de capital no Brasil.
No total, o novo mapeamento contempla 21 projetos ativos, que devem demandar 14 milhões de toneladas adicionais de cereais por ano para a produção de 6,1 bilhões de litros de etanol. A estimativa é de R$ 23 bilhões em investimentos, além de cerca de R$ 5 bilhões em capital de giro, com desembolso previsto de R$ 15 bilhões entre 2025 e 2027. Entre os projetos em andamento, 12 já estão em fase de construção, com capacidade somada de 3,1 bilhões de litros anuais. Os outros 9 estão em planejamento e, se viabilizados, podem adicionar mais 3 bilhões de litros.
A expansão deve ter um impacto significativo na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), tradicionalmente carente de oferta de biocombustível, mas que pode sentir maior pressão sobre a oferta de grãos. Outro aspecto ressaltado é a dispersão geográfica das novas plantas, muitas em áreas onde o consumo de etanol hidratado ainda é baixo. Essa descentralização pode contribuir para ampliar o uso do biocombustível nas Regiões Norte e Nordeste, além de fomentar o cultivo de milho nessas localidades. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.