15/Sep/2025
Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira na Bolsa de Chicago, apesar de o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter aumentado sua estimativa de produção no país, contrariando expectativas. O vencimento dezembro do grão avançou 10,25 cents (2,44%), e fechou a US$ 4,30 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 2,87%. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, O USDA aumentou sua estimativa de safra de 425,26 milhões de toneladas para 427,11 milhões de toneladas. Analistas esperavam uma redução para 419,38 milhões de toneladas.
A estimativa de produtividade passou de 11,85 para 11,72 toneladas por hectare. O corte no rendimento foi mais do que compensado por um aumento na previsão de área colhida, que deve ser a maior desde 1933. A projeção de estoques finais nos Estados Unidos passou de 53,77 milhões de toneladas para 53,58 milhões de toneladas. A expectativa do mercado era de um volume menor, de 51,36 milhões de toneladas. Quanto aos estoques globais, o USDA reduziu a estimativa de 282,54 milhões de toneladas para 281,4 milhões de toneladas. A forte demanda pelo grão norte-americano ajudou a impulsionar os contratos.
O USDA aumentou sua previsão de exportações em 2025/2026 de 73,03 milhões de toneladas para 75,57 milhões de toneladas. As vendas norte-americanas de milho da safra 2025/2026 até 4 de setembro já cobriam 30% da meta de exportações do USDA. A queda do dólar ante o Real e o avanço do petróleo também deram algum suporte aos preços. O recuo da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas do Brasil, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.